Um grupo (sunitas) acreditava que o novo líder deveria ser escolhido pelo povo, e outra corrente (xiitas) defendia que o sucessor deveria ser alguém da família do Profeta. Como Maomé não tinha filhos homens, o candidato natural para substitui-lo seria o seu genro. Os xiitas queriam que Ali Bin Abi Talib, genro de Maomé, fosse o novo líder. Já os sunitas acreditavam que o povo muçulmano deveria eleger seu novo líder. Assim, Abu Bakr, amigo do profeta e um dos primeiros seguidores do islamismo, foi eleito. Abu Bakr tornou-se um califa (líder espiritual) e ajudou a expandir a religião islâmica para fora da Península Arábica. Atualmente, os sunitas representam quase 90% dos muçulmanos.
Até hoje e não por acaso, a gente associa os xiitas ao radicalismo. Eles são mesmo mais rígidos nas tradições do livro sagrado e seguem à risca as antigas interpretações da Lei Islâmica (a Sharia). A Mesquita de Curitiba é um dos poucos lugares do mundo em que xiitas e sunitas rezam juntos.
Foto: Leitura do Bhagavad-gita em cerimônia diária. Ao fundo, altar fechado para que as divindades se alimentem ao som de mantras e trechos das escrituras sagradas.