Como já contamos nos últimos posts, o Alto do São Francisco é cheio de histórias e lendas, mas uma coisa lá é certa: sem prédios e nenhum vestígio da vida caótica do século XXI, a vista era de agradar até os olhos mais exigentes, como a que se tinha da cidade em 1915. Tanto era que, durante anos, o coronel Gonçalves tentou com todas as suas forças (especialmente as econômicas) construir a dita Igreja de São Francisco, não apenas para agradar o Santo, mas também apreciar a vista da Serra do Mar que se tinha de lá de cima.
Ao decidir que no Alto do São Francisco não se construiria nem igreja e nem cemitério, o prefeito da época, engenheiro e precursor do reaproveitamento de espaços e de materiais de construção, Cândido de Abreu, achou por bem destinar o local para a contemplação da natureza. Ali ficaria um mirante, para que a população pudesse admirar o horizonte curitibano e para dar utilidade e novos ares ao espaço, que anos antes havia sido palco de muitas lendas, especulação e burburinho. Sua proposta também era de que os moradores tivessem um lugar para tomar chá, tendo à sua frente a Curitiba que crescia.