O grande nome das campanhas de ocupação territorial no oeste paranaense foi o então governador Moysés Lupion, nas décadas de 40 e 50, que ajudou a promover o aumento estratosférico de vendas de terras nessa região.
Através do Departamento de Geografia, Terras e Colonização, Lupion juntou os interesses do governo com a sede de expansão das empresas. O negócio deu certo, porém, gerou conflitos entre população, posseiros e governo, pois uma das empresas beneficiadas pela compra e venda de terrenos, a famosa Clevelândia Industrial e Territorial (CITLA), era uma sociedade do próprio governador.
A ocupação "bem sucedida" resultou em desmatamento, grilagem, latifúndio e extermínio dos povos indígenas e não indígenas que ocupavam aquele território
As pessoas comuns foram as mais afetadas nesse processo, incluindo os Xetá, suas terras foram vendidas pois não estavam demarcadas e reconhecidas pelo governo, o que fez com que perdessem a sua principal forma de subsistência: a extração de vegetação nativa. Paralelamente a esse processo, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI) tomou caso das notícias sobre a existência de uma população indígena no noroeste, em 1949. Além disso, a partir de 1954 os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, como José Loureiro e Vladimir Kozák, deslocaram-se à Serra dos Dourados para estudá-la e promover a sua preservação. Porém, entre esse período e a criação do Parque Nacional de Sete Quedas (1961), houve uma grande dizimação dos Xetá; esse processo foi iniciado antes mesmo do contato com os não-indígenas, porém foi sumariamente intensificado depois da chegada das frentes colonizadoras.