Outra significativa transformação foi, na verdade, uma incorporação. Até 2014, o Bar do Alemão tinha uma entrada pequena, um longo corredor e um amplo espaço nos fundos. Recentemente, porém, o estabelecimento adquiriu a Casa Vermelha, que conecta os fundos do bar com outra parte do Largo, a central, de frente para o bebedouro. Construída durante o século XIX a mando do alemão e naturalista Wilhelm Peters, a Casa já foi utilizada como residência, espaço para comércio e hotel. Em 1993, ela passou a ser patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba, integrada ao Memorial de Curitiba, quando foi palco de inúmeras peças de teatro. Enfim, em 2014, sua estrutura foi restaurada para o período da Copa do Mundo no Brasil, para passar os jogos em telões. Desde então, faz parte do Bar do Alemão.
Ironicamente, o primeiro ano em que o Bar do Alemão transmitiu jogos da Copa do Mundo em grande escala, 2014, foi também o ano em que a seleção alemã ganhou o torneio. E, cruelmente, também foi o ano do 7 a 1. Para a maioria os brasileiros, certamente foi motivo de tristeza e vergonha, mas para os donos e fiéis clientes do bar, não sabemos se foi exatamente assim (principalmente para aqueles que são fãs do time alemão Bayern de Munique, e que vão no bar todo final de semana para assistir aos jogos).
Seja como for, o já quarentão Bar do Alemão continua firme no cenário comercial e cultural de Curitiba, e ainda é ponto de encontro para os jovens e os não tão jovens assim. O Schwarzwald permanece sendo um local para beber, comer, conversar, comemorar e valorizar a cultura germânica na capital (e também para afogar, lá no fundo da caneca de steinhaeger, as tristezas por mais uma Copa perdida, dessa vez não para os alemães).