Ao longo de suas viagens ao oeste do Paraná, Kozák aos poucos desenvolveu uma forte ligação com seus fotografados. Embora inicialmente visse os indígenas como primitivos, ou seja, como “mais atrasados” (visão que é muito criticada atualmente), aos poucos ele foi desconstruindo essa concepção. Kozák queria ser um deles, tinha apego à humildade.
Por isso estendeu suas visitas, muitas vezes sozinho ou na companhia de sua irmã, Karla, até o ano de 1967, com 77 anos.
Graças a essa dedicação ele pôde contribuir historicamente, produzindo um amplo arquivo de imagens sobre os grupos indígenas do Paraná, como os Kaigang e os Xetá,
além de registrar também outros aspectos da cultura popular paranaense, como as Cavalhadas de Palmas
e a Congada da Lapa. Esse imenso arquivo deixado por Kozák encontra-se no Museu Paranaense
e no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, que, somados, possuem mais de 9.000 fotos e 120 filmes, além de slides, negativos e milhares e iconografias.
Aos 81 anos, em 3 de janeiro de 1979, Vladmir Kozák faleceu em Curitiba, sem deixar herdeiros.