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Ginkgo 

Essa árvore com uma folhinha engraçada em formato de leque é a Ginkgo biloba, uma espécie que veio lá da China para deixar mais lindos, e dourados, nossos gramados na entrada do inverno. Seu nome faz alusão a sua cor e ao formato de suas folhas, Ginkgo significa damasco dourado e biloba, se refere ao formato da folha, com dois lóbulos.
Em Curitiba, uma árvore de Ginkgo localizada no bairro Uberada, mais especificamente na Rua Capitão Leônidas Marques em uma propriedade particular, faz parte do seleto clube das 58 árvores imunes a corte  que estão espalhadas pela cidade. Tudo isso,  porque a mudinha plantada foi trazida do Japão, pelo avô da atual proprietária e possui valor histórico ligado a imigração japonesa aqui na Terra do Pinhão.
Por sua beleza de cores e formatos exóticos, ela é considerada uma árvore ornamental e, como tudo que vem lá da China, tem uma forte simbologia ligada à longevidade e é muito antiga.... tão antiga que é considerada um “fóssil vivo”, com mais de 200 mil anos de existência, a sua família botânica possui apenas uma espécie, a exclusiva Ginkgo biloba, todas as outras espécies dessa família já foram extintas ao longo do processo evolutivo, e é por esse motivo a espécie é chamada de fóssil vivo, além de ter sofrido pouquíssimas mudanças ao longo de milhares de anos.
Mas essa não é a única curiosidade dessa plantinha aí.....

Muita gente tá tentando entender como as plantas terrestres evoluíram e como a Ginkgo conseguiu sobreviver a pelo menos quatro períodos de congelamento total da Terra (glaciação) com pouquíssimas modificações. Pesquisadores sequenciaram o DNA da Ginkgo e descobriram que seu DNA é três vezes maior que o DNA da própria espécie humana

Talvez, toda essa informação acumulada ao longo desses milhares de anos foi o recurso que permitiu que essa espécie maravilhosa pudesse sobreviver a pragas e condições muito adversas. Condições tão adversas essas, que há relatos de que o Ginkgo foi uma das únicas espécies capazes de sobreviver ao ataque a cidade de Hiroshima, durante a II Guerra, sendo as únicas árvores que rebrotaram e foram resistentes à radiação da bomba atômica. Todo esse poder faz dela um grande símbolo de resiliência e também o nosso canal mais próximo dos dinossauros, já que a espécie foi contemporânea ao répteis gigantes.

Além de informações que ajudaram a espécie a sobreviver, alguns cientistas acreditam que a planta também carrega propriedades medicinais. A plantinha milenar já era usada há muitos anos na China como um “santo remédio” para problemas de memória, e doenças ligadas ao mau funcionamento do cérebro. Em função dessas propriedades, muitos cientistas passaram a estudar os efeitos do extrato retirado das folhas da Ginkgo. Em estudo recente, uma pesquisadora brasileira da Unifesp encontrou resultados positivos em escala laboratorial em resposta a ansiedade e ao aumento da memória.
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